ASTRONOMOS PARAIBANOS REGISTRAM CHUVA DE METEOROS PERSEIDAS

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Meteoro Perseida registrado em Guarabira

Meteoro Perseida registrado em Guarabira

Um dos eventos astronômicos mais comentados no mês de agosto é a chuva de meteoros Perseidas. Na mídia e nas redes sociais, muita coisa se fala a respeito dessa chuva de meteoros, mas o que pouca gente sabe é que este ano, as Perseidas foram acompanhadas na Paraíba por um grupo de astrônomos que monitora o céu em busca de meteoros.
Desde janeiro, entrou em operação em João Pessoa, a primeira estação de monitoramento da Bramon, a Rede Brasileira de Observação de Meteoros. E atualmente, já existem 4 estações espalhadas pelo estado. Duas em João Pessoa, uma em Campina Grande e uma em São José de Princesa, no sertão da Paraíba. Na semana entre 09 e 15 de agosto, a rede organizou uma campanha para registro do pico da chuva de meteoros Perseidas, e isso resultou em uma série de imagens belíssimas como estas divulgadas pela Bramon:

AS PERSEIDAS
A chuva de meteoros Perseidas ocorre quando a Terra passa por uma região do sistema solar repleto de detritos deixadas pelo cometa Swift-Tuttle. Essas partículas, que seguem em uma órbita aproximada à órbita do cometa, acabam se chocando com a atmosfera da Terra a uma velocidade de cerca de 60 Km/s (isso mesmo, 60 quilômetros por segundo). Quando isso ocorre, devido a altíssima velocidade, elas comprimem e aquecem o ar ao redor, causando o feixe de luz característico dos meteoros, e pode ser observado com segurança daqui da superfície.

Todos os meteoros de uma chuva como as Perseidas entram na atmosfera em trajetórias praticamente paralelas, mas o observador em solo tem a impressão de que eles partem todos do mesmo ponto. Esse ponto é o chamado radiante da chuva. No caso das Perseidas, esse radiante fica na constelação de Perseu, por isso a chuva recebe este nome.

As regiões de melhor visibilidade são aquelas com céu limpo e afastadas da luminosidade das cidades. No hemisfério norte, onde ela tem maior incidência, a taxa esperada era de cerca de 100 meteoros por hora. No Brasil, as regiões norte e nordeste são as mais favorecidas para obserservação das perseidas. E por isso, receberam uma atenção especial da Bramon.

 

NA PARAÍBA
Na Paraíba, além das 4 estações de monitoramento, ainda houveram duas expedições para observação da chuva. Alguns astronomos da APA – Associação Paraibana de Astronomia, foram para a zona rural de Guarabira, onde fizeram obserservação e algumas fotos da chuva de meteoros.

No sertão do estado, o GALS – Grupo de Astronomia Luar do Sertão e o IFPB, organizaram uma noite de observação em Princesa Isabel que contou com cerca de 25 participantes entre astrônomos, estudantes e professores. Além da obserservação, o grupo contou com uma estação móvel de monitoramento da Bramon, que fez registros espetaculares dos meteoros nos céus do sertão.

Noite de observação das Perseidas em Princesa Isabel

Noite de observação das Perseidas em Princesa Isabel

Noite de observação em Guarabira

Noite de observação em Guarabira

Um dos meteoros das Perseidas mais bonitos capturados em todo Brasil foi registrado simultaneamente pelas estações JPZ1 em João Pessoa e pela estação móvel VCL1 em Princesa Isabel. Isso possibilita, entre outras coisas, que os astrônomos calculem com precisão a trajetória do meteoro e definam sua órbita no sistema solar.

Bólido registrado em Princesa Isabel

Bólido registrado em Princesa Isabel

Bólido registrado em João Pessoa

Bólido registrado em João Pessoa

Trajetória calculada do bólido em função dos dois registros

Trajetória calculada do bólido em função dos dois registros

Segundo os calculos efetuados em função dos dois registros, o meteoro surgiu a 128 Km de altitude sobre o município de Sumé na Paraíba e percorreu 95 Km de atmosfera em 1,5 segundos, desaparecendo aproximadamente sobre o município de Arcoverde em Pernambuco, a 88.6 Km de altura. E isso é apenas parte das pesquisas desenvolvidas pela rede da Bramon, da qual a Paraíba faz parte.

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